Daniel Mayer e Kleber Malaquias. FOTO: reprodução

O delegado Daniel Mayer foi afastado de suas funções dentro da Polícia Civil de Alagoas. A portaria com a decisão, assinada pelo delegado-geral Gustavo Xavier, foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) desta quarta-feira (25). Mayer é investigado por suspeita de prejudar as investigações do caso Kleber Malaquias.

Ele era diretor de Polícia Judiciária da Região Metropolitana 1 (DPJ1), além de coordenar a Delegacia de Repressão ao Narcotráfico.

Mayer está preso por decisão da Justiça, que manteve sua prisão preventiva.

O caso

O delegado é suspeito de envolvimento no desaparecimento de documentos importantes relacionados à investigação do assassinato do empresário Kleber Malaquias, ocorrido em 15 de julho de 2020, em Rio Largo, no dia em que a vítima completava aniversário.

A prisão do delegado Mayer acontece um dia antes do julgamento de três acusados no caso do assassinato de Kleber Malaquias. O julgamento, marcado para esta quinta-feira (19), levará ao Tribunal do Júri José Mário de Lima Silva, Edinaldo Estevão de Lima e Fredson José dos Santos, acusados de homicídio qualificado. O júri será presidido pelo juiz José Braga Neto, da 8ª Vara Criminal de Maceió, no Fórum do Barro Duro, a partir das 8h30.

O crime teria sido motivado por denúncias feitas pela vítima contra políticos e autoridades. Além dos três réus que serão julgados agora, outros três envolvidos, Marcelo José Souza da Silva, Jefferson Roberto Serafim da Rocha e Marcos Maurício Francisco dos Santos, ainda serão julgados em outra ocasião.

Entenda o caso

O crime aconteceu na tarde de 15 de julho de 2020, dia do aniversário de Kleber Malaquias, em um bar de Rio Largo. Segundo o processo, os envolvidos planejaram a execução e atraíram Kleber até o Bar da Buchada para cometer o assassinato.

Kleber era conhecido por fazer denúncias contra políticos e autoridades, e isso pode ter motivado o crime.

Conforme o relatório, o policial militar José Mário, que na época era pré-candidato a vereador, marcou um encontro com Kleber para discutir assuntos políticos. Durante a reunião, Fredson José teria disparado os tiros que mataram a vítima.

Os documentos do processo indicam que Kleber recebia constantes ameaças por causa das denúncias que fazia.