11/07/2024 às 09h03
Acta
MACEIO / AL
A semifinal entre Uruguai e Colômbia ficou marcada pela confusão ao fim da partida entre os jogadores uruguaios e os torcedores colombianos. A briga que começou no campo se estendeu para a arquibancada, e os atletas Rochet e Suárez criticaram a postura dos adversários, alegando que os colombianos poderiam ter pedido calma aos torcedores após a classificação.
— Eram os (torcedores) colombianos que estavam criando o problema, eles (jogadores colombianos) deveriam ter vindo para acalmar as águas, nós os respeitamos. Teria sido bom contar com a empatia dos jogadores colombianos, mas isso é com eles — disse Rochet, que completou:
— Felizmente, as famílias já foram para o hotel. Passamos por um momento feio que obviamente lamentamos, não é legal ver esses problemas e ver sua família a dois metros de distância.
A confusão começou ainda no gramado. Segundo Luis Suárez, após o apito final e a classificação colombiana, Miguel Borja teria provocado o atacante uruguaio, que não gostou e foi tirar satisfação.
— Tudo começou com um erro do Borja. Ele é profissional e tem que mostrar grandeza. Outro dia vencemos e cumprimentamos os rivais. É uma falta de respeito. Ele deve valorizar o rival e a tristeza que temos do outro lado, mas "o de cima" sempre está olhando, e tudo volta — alfinetou Suárez.
— Contra o Brasil, ninguém passou na frente de nenhum jogador do Brasil. Pelo contrário, fomos cumprimentar. Somos colegas dentro de campo, sabemos o sentimento de uma derrota — completou.
Segundo o zagueiro José Giménez, os jogadores do Uruguai viram seus familiares sendo provocados por torcedores colombianos e correram para as arquibancadas para ajudá-los. Ele fez duras críticas à organização da Conmebol. O ge flagrou torcedores feridos após a confusão.
– Foi um desastre, uma parte da torcida atacando as nossas famílias, muitos de nós com crianças pequenas. Espero que os organizadores percebam, isso acontece sempre, torcedores embriagados que se comportam assim – reclamou o jogador na entrevista após o jogo.
Ignacio Alonso, presidente da Associação Uruguaia de Futebol, disse que os jogadores do Uruguai tiveram uma reação natural para defender familiares e crianças que estavam por perto e criticou a organização da Conmebol na separação das torcidas.
— Os jogadores uruguaios tiveram uma reação instintiva, natural, que é defender as crianças que estavam sofrendo ataques, suas esposas, pais, irmãos. É uma reação natural, instintiva, que ocorreu com racionalidade pelo que os jogadores eram.
— Em todos os torneios as famílias estão nas arquibancadas, normalmente há algum cordão ou algo parecido, principalmente para um estádio que teve 95% comprado antes do início da Copa América — disse Ignacio Alonso, presidente da AUF.
FONTE: ge
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