19/11/2023 às 17h56 - atualizada em 20/11/2023 às 09h34
Acta
MACEIO / AL
Num contexto global onde a interconexão digital assume uma presença ubíqua, emerge a necessidade de um interregno, um hiatus mental. Inspira-nos a obra "Dez argumentos para você deletar agora suas redes sociais", conduzindo-nos por uma jornada de desintoxicação virtual.
A primeira razão é clara: saúde mental. As redes sociais, frequentemente, metamorfoseiam-se em arenas onde a autenticidade é eclipsada pela incessante busca por validação. O peso dos likes e comentários configura nossa autoestima, mas ao deletar, emancipamo-nos dessa prisão virtual.
Desvinculando-nos do ciclo incessante de notificações, vivenciamos uma serenidade há muito perdida. A desintoxicação digital não se resume apenas a desconectar-se, mas também a reconectar-se consigo mesmo, cultivando pensamentos mais profundos e experiências tangíveis.
O livro propõe que as redes sociais são proficientes na arte da manipulação, moldando nossas percepções e, por vezes, conduzindo-nos a um estado constante de comparação. A ação de deletar torna-se uma declaração de independência, um rompimento com a miragem digital que frequentemente obscurece a realidade.
No vácuo das redes sociais, redescobrimos o deleite da solidão. As horas outrora dissipadas em rolar telas agora são investidas em passatempos, leitura e diálogos significativos. A desintoxicação não representa uma fuga, mas sim uma reinvenção do tempo, uma seleção consciente de como alocar cada momento.
Ao abraçar o desapego virtual, confrontamos a solidão de uma maneira singular. Em vez de buscar refúgio no reino virtual, mergulhamos nas profundezas da introspecção. Constitui uma oportunidade para reavaliar conexões, prioridades e redescobrir relacionamentos reais, frequentemente negligenciados pela cacofonia digital.
A obra sugere que as redes sociais são como um espelho distorcido, refletindo apenas fragmentos selecionados da vida. A desintoxicação proporciona uma nova clareza, permitindo-nos vislumbrar nossas vidas sem filtros, desprovidas do viés constante da comparação virtual.
À medida que deletamos, percebemos a verdadeira extensão de nossa dependência digital. A ansiedade diminui, e a mente encontra espaço para respirar. A vida não é mais ditada por algoritmos, mas por escolhas conscientes, libertas das amarras digitais.
O ato de excluir as redes sociais não representa uma negação da tecnologia, mas uma busca pela moderação. É um lembrete de que, num mundo hiperconectado, a desconexão também constitui uma forma de liberdade. Ao seguirmos os argumentos apresentados, embarcamos numa jornada em direção a uma mente mais saudável, mais consciente e mais conectada consigo mesma.
FONTE: Artigo semanal
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