15/10/2023 às 17h54 - atualizada em 16/10/2023 às 09h00
Acta
MACEIO / AL
Odiar é também uma forma de amar, dizem os poetas e filósofos que se aventuraram nas profundezas do coração humano. Parece um paradoxo, uma contradição inegável, mas a realidade é que o ódio muitas vezes é apenas amor mal compreendido.
Quando odiamos alguém, na verdade estamos reconhecendo a sua importância em nossas vidas. O ódio não surge do vazio, mas sim do desapontamento, da mágoa e, ironicamente, do desejo de que as coisas fossem diferentes. É como se o amor, traído pelas circunstâncias, se transformasse em seu oposto sombrio.
Pode ser a história de um amor não correspondido, onde a paixão não encontra reciprocidade, e o sentimento se transforma em amargura. Pode ser a traição de um familiar, que nos faz sentir uma dor profunda, como se tivesse ocorrido uma amputação em nossa alma. Pode ser a decepção com alguém que idealizamos, mas que revela ser apenas humano, cheio de falhas e imperfeições.
O ódio é um reflexo do amor que uma vez existiu ou que ainda persiste de forma distorcida. É como uma sombra que se forma quando a luz do afeto é bloqueada. É a resposta a um vínculo quebrado, uma ferida que se recusa a cicatrizar.
Mas, e se pudéssemos olhar além do ódio? E se pudéssemos reconhecer que, mesmo nas sombras do desgosto, há um lampejo de amor? Talvez isso nos levasse a compreender que o ódio não é uma estrada de mão única, mas um ciclo interminável que pode nos guiar de volta ao amor.
FONTE: Texto assinado pelo jornalista Lininho Novais
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