01/09/2022 às 15h47 - atualizada em 02/09/2022 às 16h16
Derek Gustavo
Maceió / AL
A polícia descartou "totalmente" a acusação de que João Assis, auditor fiscal da Secretaria de Fazenda de Alagoas (Sefaz), tenha cobrado propina dos donos do mercadinho onde ele foi assassinado, no bairro do Tabuleiro, em Maceió. A informação foi confirmada pela delegada Rosimeire Vieira, responsável pelo caso, nesta quinta-feira (1º).
"Está totalmente descartada essa possibilidade [crime de extorsão]. É bom até frisar que desde o início das investigações, essa versão não foi apresentada por nenhum familiar, nem pela mãe, nem pelo primeiro irmão que foi preso. Essa versão é nova, que foi apresentada. Inclusive, as testemunhas que foram ouvidas descartaram totalmente essa possibilidade", disse a delegada em entrevista à TV Gazeta.
A acusação de que o auditor teria tentato extoriquir os suspeitos foi levantada pela defesa deles. O adovgado Renan Rocha afirma, inclusive, que o crime teria ocorrido após desentendimento provocado por esse suposto pedido de propina.
A polícia chegou a essa conclusão após a prisão do quarto suspeito de envolvimento no crime, realizada nesta quarta. Esse preso é irmão dos outros dois suspeitos. A mãe deles também foi presa.
De acordo com a delegada, as investigações apontam que João chegou ao estabelecimento e agiu normalmente, de acordo com o que é esperado em sua função.
"Segundo informaram, o fiscal foi ao local e estava com um bloco de anotações, com um notebook oficial da secretaria fazendo registros das mercadorias, que supostamente estavam sem nota [fiscal], e anotações desse material, o que já demonstra que não existia ali nenhuma tentativa de extorsão", explica a delegada.
Funcionários do mercadinho que estavam no local no momento do crime serão ouvidos. Somente após isso, o inquérito será concluído.
Os 4 presos pelo cirme são:
Maria Selma Gomes Meira, mãe dos homens presos: ela confessou ter limpado a cena do crime e dirigido o carro até o local onde o veículo da Sefaz foi deixado, mas nega participação direta no homicídio;
João Marcos Gomes Araújo, primeiro a ser preso: confessou que presenciou o assassinato, mas não fez nada para impedir porque, segundo seu advogado, teria ficado muito assustado;
Ronaldo Gomes de Araújo, segundo irmão preso: confessou à polícia que cometeu o assassinato e acusou a vítima de tentar extorqui-lo durante uma fiscalização ao seu mercadinho;
Ricardo Gomes Araújo, preso nesta quinta: segundo a polícia, ele teria participado do assassinato e da ocultação dos vestígios do crime.
O corpo do auditor foi encontrado carbonizado e com sinais de violência em um canavial no bairro do Benedito Bentes.
FONTE: com informações do g1 Alagoas
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