29/10/2021 às 11h25 - atualizada em 29/10/2021 às 13h33
Derek Gustavo
Maceió / AL
Os concursos públicos da Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros de Alagoas estão cancelados. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (29) pelo secretário de Estado, Planejamento, Gestão e Patrimônio Fabrício Marques.
Os certames entraram no olho do furacão após denúncias de fraudes, que teriam beneficiado alguns dos candidatos. Essas informações levaram a polícia a deflagrar a operação Loki, que prendeu 12 pessoas. Entre os presos está um ex-PM alagoano, apontado como cabeça do esquema e que havia sido desligado da corporação uma semana antes de ser capturado.
Segundo Marques, a decisão foi tomada após a primeira fase da operação, que "constatou um esquema nacional de criminosos agindo contra a lisura das provas" dos concursos realizados pelo Estado.
"Dada a extensão da fraude, os resultados da investigação deixam clara a impossibilidade da plena identificação de todos os que se beneficiaram com o crime, de forma que impede a exclusão apenas dos envolvidos no esquema, de acordo com o que diz o edital", explica o secretário.
Com isso, as fases que já haviam sido realizadas foram canceladas. A decisão já foi informada à Justiça.
"A Seplag lamenta a medida, que se faz necessária para que seja mantida a integridade e transparência de um processo seletivo tão importante, e repudia a ação dos envolvidos no crime", conclui o secretário.
Assista ao anúncio:
Leia a nota na íntegra:
A Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio de Alagoas (Seplag) decidiu cancelar as fases já realizadas de três concursos da Segurança Pública, após o resultado da primeira fase da Operação Loki, deflagrada pela Polícia Civil. A investigação constatou a atuação de um esquema nacional criminoso, que estaria agindo contra a lisura não só das provas da PMAL, mas também de outros dois certames: o da Polícia Civil e o do Corpo de Bombeiros Militar do Estado.
Dada a extensão da fraude, os resultados preliminares da investigação em andamento deixam clara a impossibilidade da plena identificação de todos os que se beneficiaram com o crime, de forma que impede a exclusão apenas dos envolvidos no esquema, conforme preveem os itens 15.27 e 15.28 do edital:
15.27 Se, a qualquer tempo, for constatado, por meio eletrônico, estatístico, visual, grafológico ou por investigação policial, que o candidato se utilizou de processo ilícito, suas provas serão anuladas e ele será automaticamente eliminado do concurso público.
15.28 O descumprimento de quaisquer das instruções supracitadas constituirá tentativa de fraude e implicará a eliminação do candidato do concurso.
A decisão, já informada à Justiça, busca assegurar que apenas os candidatos que, de fato, possuam as qualificações necessárias ao ingresso no serviço público sejam os verdadeiros aprovados. A Seplag lamenta a medida, que se faz necessária para que seja mantida a integridade e a transparência de um processo seletivo tão significativo para a população alagoana, e repudia a ação dos envolvidos no crime.
A Secretaria entende que a decisão tomada é a única que está alinhada aos princípios que regem a realização de um concurso público e, mais ainda, que pode honrar cada momento de estudo dedicado pelos candidatos ao ingresso no quadro de servidores públicos de Alagoas.
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